O governo russo emitiu sinais de quem está disposto a realizar uma abertura diplomática após o início da crise entre o país e a Ucrânia. Esta sinalização foi dupla e foi protagonizada por ministros de Vladimir Putin em encontros televisionados no Kremlin.
No primeiro deles, o chanceler Serguei Lavrov afirmou que “há possibilidade de um acordo” e que ao Rússia deve continuar negociando com o Ocidente. Segundo ele, os Estados Unidos da América (EUA) apresentaram “propostas concretas” para reduzir a tensão criada, mas que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que é liderada por Washington, e União Europeia ainda não.
As revindicações da Rússia são basicamente a de manter a Ucrânia fora da Otan e limitar a posição militar de membros ex-comunistas que aderiram ao bloco após 1999. “Eu acho que há sempre chance [de um acordo]. E me parece que nossas possibilidades estão longe de terem sido exauridas. Neste ponto, eu sugiro que continuemos a trabalhar nelas”, explicou o chanceler Serguei Lavrov.
Serguei Choigu, responsável pela pasta da Defesa do país, informou em seguida que “parte de nossos exercícios militares já está acabando”, o que pode significar a não intenção de guerra por parte dos russos. Isso porque desde novembro o líder Vladimir Putin concentrou cerca de 130 mil soldados em torno da Ucrânia.
Choigu relembrou ainda o incidente ocorrido no final de semana, quando as forças armadas russas localizaram um submarino estadunidense próximo às águas de Moscou. O Pentágono negou que sua embarcação tenha sido afastada por um destróier russo.