sendo acusada de falsidade ideológica e fraude processual pelo secretário jurídico do partido, Luiz Gustavo Pereira da Cunha, um dos principais defensores de Roberto Jefferson. Graciela é “ex-afilhada” política de Jefferson, mas deixou o posto após uma suposta traição.
De acordo com o Boletim de Ocorrência aberto na Polícia Civil do Distrito Federal, que investiga o caso, o advogado Luiz da Cunha informou que no período da tarde, da última quinta-feira (24), Graciela Nienov compareceu em um cartório da Asa Norte e revogou duas procurações outorgadas pelo partido para movimentações bancárias do fundo, portando uma suposta ata registrada no cartório JK, com assinaturas falsas.
O advogado afirmou que Graciela agiu de forma criminosa, junto a seu bando, e que ela tem ciência de que não é mais presidente do partido, cometendo o crime de “no mínimo falsificaçãod e documento público de falsificação ideológica”.
“Sorrateiramente, criminosamente, Graciela e seu bando foram no cartório JK, pegaram uma ata que não tinha a minha assinatura, falsificaram minha assinatura e fizeram um ato notorial no cartório JK. Para quê? Para pegar esses atos, em tese com fé pública, mas não registrados, para dar entrada no banco. E isso eles fizeram. Deram entrada no Banco do Brasil ontem (24/2) para ter acesso às contas do partido e fazer mau uso das contas partidárias”, relata Luiz Gustavo da Cunha.
O secretário-geral do PTB, Jefferson Alves, diz que a acusação do advogado é instigada pelo ex-deputado Roberto Jefferson e que ela é “uma farsá sem pé nem cabeça”.
“O advogado fez uma acusação sem provas, sem evidência e sem qualquer plausibilidade. Ele próprio é quem produz provas contra ele mesmo constantemente , inclusive ameaçando parlamentares, fato sendo apurado pelo STF na mesma ação que responde o ex-deputado Roberto Jefferson”, conta o secretário-geral.
Em meio a tanto desencontro, a direção nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) disparou um comunicado, na noite de quarta-feira (23/2), para reafirmar a permanência dos atuais comandantes de pelo menos 9 diretórios estaduais da legenda. O atual presidente, deputado estadual Marcus Vinícius (RJ), reforçou que a nova cúpula partidária foi eleita em 11 de fevereiro, após a dissolução total do então diretório nacional causada pela renúncia em massa dos caciques.
“O partido destaca a importância do Diretório Nacional como entidade de maior autoridade dentro de uma agremiação política, como peça de referência na estrutura partidária. Atualmente, o único meio de comunicação oficial do PTB é o site institucional. A composição do novo Diretório Nacional está disposta na plataforma”, registrou a nota oficial publicada no portal petebista.