O assessor jurídico da banda Calcinha Preta, Wanderson dos Santos Araújo, divulgou nesta segunda-feira (7), o resultado de um exame toxicológico que mostraram quais substâncias estavam presentes no corpo da vocalista Paulinha Abelha.
Paulinha morreu no dia 23 de fevereiro, em Aracaju, após passar 13 dias internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) por problemas decorrentes de um quadro de insuficiência renal, hepática e neurológica, chegando a ficar em coma profundo.
De acordo com o painel toxicológico, de 21 de fevereiro, havia substâncias de anfetaminas encontradas em remédio já utilizado, junto com outros medicamentos para o controle de peso, segundo a assessoria jurídica.Também foram encontrados barbitúricos presentes em sedativos. Estes últimos foram administrados, provavelmente, durante o internamento da cantora na unidade hospitalar.
Além disso, o exame buscava identificar outras 10 substâncias, que foram negativadas, ou seja, não apareceram no organismo da cantora. São elas: benzodiazepínicos, cocaína, fenciclidina, opiáceos, maconha, metadona, metanfetamina, morfina, antidepressivo tricíclicos e ecstasy- MDMA.
De acordo com a infectologista Manuela Santiago, o exame toxicológico não costuma se solicitado, a menos que haja uma suspeita de alguma substância possa ter relação com a morte do paciente.
“Não é uma rotina. Quando o paciente entra em coma de forma rápida sem motivo aparente, a gente utiliza o exame para avaliar o histórico e para ver os medicamentos que ele tomava”, explicou Manuela.
O resultado da biópsia do corpo da cantora indicou uma lesão hepática aguda, com necrose de hepatócitos e colestase intra-hepatocitária.
O assessor Wanderson Araújo divulgou uma lista com remédios e suplementos utilizados por Paulinha, que, segundo ele, foram indicados por uma nutróloga para auxiliar no controle de peso da cantora.