“Quem critica está dizendo que abre brecha para explorar ouro, diamante, madeira. Só que isso tudo existe como existia o jogo do bicho: de forma ilegal”, defende Lira. Caberá ele escolher um relator para o projeto quando chegar ao plenário, o que ele calcula que ocorrerá em 10 de abril.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse ao blog que busca equilibrar interesses dentro da Câmara- entre oposição e base – para que o debate sobre o projeto de lei que libera exploração mineral em terra indígena seja discutido “sem açodamentos”.
Na quarta-feira (9), a urgência do projeto foi aprovada. Como antecipou o blog, a articulação foi feita entre o Palácio do Planalto, Lira e a base do presidente na Câmara – mas Lira diz que o projeto não é dele e que é preciso chegar a um acordo no grupo de trabalho que vai debater o tema. No entanto, ele defende a aprovação do projeto.
“Esse projeto não é meu, é do governo. Não precisa ser açodado mas é preciso discutir. Quem critica está dizendo que abre brecha para explorar ouro, diamante, madeira. Só que isso tudo existe como existia o jogo do bicho: de forma ilegal”, defendeu Lira.
Caberá a Lira escolher um relator para o projeto quando chegar ao plenário, o que ele calcula que ocorrerá em 10 de abril. Segundo ele, o perfil do deputado não será nem “ambientalista, nem pró-exploração”.
“Repito, esse projeto não é meu. Agora, não vou jogar o tema para debaixo do tapete. É preciso debater e chegarmos a um acordo na Casa”.
Para líderes de oposição, projetos polêmicos – como o PL da exploração mineral e a legalização dos jogos de azar – só estão caminhando e sendo aprovados na Casa por causa do Orçamento Secreto- que, com o aval do governo Bolsonaro, é usado como instrumento para garantir votos e permite o controle de emendas parlamentares a deputados sem que eles sejam identificados.