A Presidência da República negou, nesta segunda-feira (14), ter custeado a viagem do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) à Rússia. A afirmação foi feita ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o executivo federal nega ter tido custos com o filho do presidente da república, que acompanhou a comitiva presidencial em fevereiro deste ano.
Ainda de acordo com os documentos entregue pelo governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou não haver ato algum que presice ser investigado, uma vez que “todas as manifestações e atitudes do presidente da República se pautaram em critérios éticos e legais regulares”.
O Governo Federal não esclarece como foram pagas as despesas de transporte, hospedagem e consumo de Carlos Bolsonaro enquanto ele integrava a comitiva presidencial. O material também não informa a agenda de compromissos de Carlos, que havia sido pedida pelo Supremo.
Os ofícios enviados ao STF apontam que nem o Ministério das Relações Exteriores, nem a Secretaria Especial de Administração da Presidência da República identificaram qualquer pagamento federal de despesas ligadas a Carlos Bolsonaro.
Na semana passada, a Câmara Municipal de Vereadores do Rio de Janeiro também negou que tenha custeado a viagem de Carlos Bolsonaro à Rússia, além de enviar ao STF um ofício em que o próprio vereador informa a viagem e nega despesas à Casa Legislativa.
As informações foram enviadas por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, que analisa pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O pedido de apuração foi feito no inquérito já aberto para investigar a atuação de uma milícia digital voltada a ataques ao sistema democrático brasileiro. A Polícia Federal já afirmou ao Supremo que faz parte dessa milícia um grupo de assessores da Presidência e aliados do presidente Jair Bolsonaro, apelidado de “gabinete do ódio”.