Dois casos suspeitos da variante Deltacron estão sendo investigados no Brasil e um novo surto aterroriza a China. Seria a história se repetindo? Confira!
Entenda a polêmica
News Plus – No último dia 15, Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, confirmou que dois casos da nova variante da Covid-19 estão sendo investigados no Brasil, nos estados do Amapá e do Pará. Ele tranquilizou a população dizendo que a medida mais segura a se adotar é a “aplicação da dose de reforço” da vacina.
Mas será que a Deltacron configura uma real ameaça para nós?
Onde surgiu e o que se sabe até agora
Ao que tudo indica, a nova variante da Sars-Cov-2 surgiu na França, em meados de janeiro. Ela é híbrida, ou seja, uma mistura da Ômicron com a Delta. Já foram confirmados casos dela na Europa, Ásia e nos Estados Unidos.
Apesar de ainda estar sendo estudada, especialistas acreditam que ela não será um bicho de sete cabeças, ainda mais se levarmos em conta que hoje 73% da população brasileira está vacinada. “Essa nova variante tem uma prevalência muito pequena e isso sugere que ela não é muito transmissível”.
revelou Geraldo Cunha, médico infectologista e professor da faculdade de medicina UFMG, ao jornal Estado de Minas.
Cunha também falou que a flexibilização do uso da máscara é prudente e racional, mas que a liberação total dela, em locais abertos e fechados, como ocorreu no Rio de Janeiro, “é muito prematuro e arriscado”
Por ser uma variante combinada de outras que já estavam em circulação, cientistas garantem que é bastante provável que as defesas adquiridas pelo corpo contra a Ômicron e a Delta, seja por vacina e/ou infecção, funcionem contra o novo recombinante.
Nenhum caso mais grave da doença causado pela Deltacron foi diagnosticado até o momento.
O novo surto de Covid-19 na China
O confinamento obrigatório para 30 milhões de pessoas foi decretado recentemente na China, após o número de casos da doença voltar a explodir. Alguns dias depois, a Coreia do Sul também registrou um aumento considerável de diagnósticos. Na última quinta-feira (17), mais de 621 mil casos foram registrados no país.
Não demorou para as notícias se espalharem pelo Brasil e causarem certo pânico. Será que a história estaria se repetindo? Cientistas acreditam que não. “O Brasil está com um cenário um pouco diferente porque ele tem um pouco mais de vacinados e adoecidos que a China”, explica Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e membro do Comitê de Combate a Covid-19 em Belo Horizonte.
Rumo à quarta dose
Nesta semana, João Dória anunciou que, a partir do dia 21 de março, a população maior de 80 anos do estado de São Paulo começa a receber a quarta dose da vacina contra a Covid. A previsão é de que, em breve, os maiores de 60 anos também terão acesso a esse direito.
O Ministério da Saúde disse para a Folha que recomenda essa dose de reforço, por ora, apenas para brasileiros imunossuprimidos, pois “não há evidências suficientes que comprovem a necessidade de uma quarta dose das vacinas de maneira ampla, para todas as pessoas”, conforme aponta reportagem do jornal.
Poderão ser usados na quarta dose os imunizantes da Pfizer, da AstraZeneca/Oxford (Fiocruz), da Janssen ou a Coronavac (Butantan).