Político de direita era criticado por colegas de partido por não se posicionar na eleição
Na manhã desta terça (12), o ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou seu apoio, publicamente, para a reeleição de Emmanuel Macron no segundo turno das eleições francesas. Em texto publicado em suas redes sociais, Sarkozy destacou a importância de Macron no contexto atual, com a crise da guerra na Ucrânia.
“Votarei em Macron porque acredito que ele tem a experiência necessária diante de uma grave crise internacional que é mais complexa do que nunca; porque seu projeto econômico coloca a promoção do trabalho no centro de todas as suas prioridades; porque seu compromisso europeu é claro e inequívoco”, escreveu.
Criticado por parte de seus apoiadores por não se posicionar nas eleições, Sarkozy não demonstrou apoio a Valérie Pécresse, que foi ministra em seu governo. A candidata conservadora conquistou menos de 5% dos votos no primeiro turno. Mesmo após ser condenado por corrupção, Sarkozy é símbolo da direita liberal francesa e ainda tem apoio de muitos eleitores.
Pécresse também declarou voto em Macron, mas o partido se limitou a pedir aos eleitores que não votem em Le Pen, a mesma posição defendida pelo líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélénchon, que tev 22% dos votos.
Macron venceu o primeiro turno das eleições no domingo e disputará o segundo turno em 24 de abril com Marine Le Pen, presidenciável da direita radical, o que repetirá os protagonistas do embate final do pleito anterior, em 2017. A votação também foi marcada pela abstenção alta de 25,16%.
O pelito consolidou o esvaziamento dos partidos tradicionais que controlaram a Presidência e dominaram a política francesa em toda a segunda metade do século XX até o crescimento da extrema direita neste século e a ascensão de Macron, que em 2017 deixou o Partido Socialista (PS) para criar sua própria legenda de centro, a República em Marcha.