A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo pediu, nesta quinta-feira (14), que o Ministério Público Eleitoral do Estado (MPE) apure se o pré-candidato à presidência da República Sérgio Moro (União Brasil) e sua esposa, Rosângela Moro, cometeram crime eleitoral ao mudarem o domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo.
“A eventual conduta de transferência fraudulenta de inscrição eleitoral abordada na denúncia, se comprovada, amolda-se ao tipo penal descrito no Código Eleitoral. Ante ao exposto, promovo o declínio de atribuição em favor do MPE em São Paulo, para adoção das providências reputadas pertinentes”.diz o documento assinado pelo procurador Paulo Taubemblatt.
O MPE deverá decidir pela manutenção do processo ou recomendar o arquivamento do caso. A medida dá continuidade ao pedido da empresária e pré-candidata a deputada federa por São Paulo, Roberta Luchsinger (PSB).
De acordo com ela, Moro teria falsificado documentos para comprovar residência em São Paulo, com a intenção de concorrer às eleições de 2022 pelo estado. “Eles são estelionatários eleitorais em busca de foro privilegiado e iremos até o fim para provar que nada fizeram por São Paulo e, portanto, nada justifica tal candidatura fraudulenta como estas”.
Em nota, a defesa de Moro afirmou que o ex-juiz mora atualmente num hotel na capital de São Paulo e disse que a troca de domicílio eleitoral ocorreu devido aos vínculos criados por ele durante o período de pré-campanha à Presidência da República pelo Podemos.