Presidente da legenda enviou mensagem a apoiadores de ex-juiz, em que também critica Podemos
Após a polêmica sobre a não candidatura de Sergio Moro (União Brasil) à presidência, o presidente do partido e pré-candidato do união Brasil, Luciano Bivar, mandou uma mensagem a apoiadores do ex-juiz, nesta segunda (18), explicando que nunca houve uma promessa à Moro de que ele seria candidato a presidente.
“Ao tomar sua decisão [de filiar-se ao União Brasil], ele [Moro] estava ciente de que em nenhum momento a legenda para a disputa presidencial lhe fora prometida”, diz Bivar na mensagem.
No fim da janela partidário, no último dia 31 de março, Moro migrou para o União Brasil, saindo do Podemos, afirmando que ainda seria pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo novo partido, porém lideranças do União Brasil eram contra sua candidatura, culminando no lançamento de Bivar para o cargo.
Bivar enviou a mensagem após ser cobrado por filiados a esclarecer a condição do ex-juiz no partido. No texto, ele diz que o papel de Moro será contribuir com a construção de uma alternativa de centro para a disputa presidencial.
“O que foi conversado e prometido foi abertura para sua contribuição na construção de uma alternativa à polarização e, claro, a opção de candidatar-se em São Paulo para o cargo que quiser, onde certamente terá sucesso”, afirma Bivar. O União Brasil ofereceu a Moro a possibilidade de sair candidato a deputado federal por São Paulo, mas ele a princípio resiste à ideia.
Na mensagem, Bivar critica o Podemos, antigo partido do ex-juiz, por não ter dado estrutura para ele se candidatar a presidente.
“Vocês gostariam de ver o Moro fora da política definitivamente? Era o que o Podemos estava fazendo de forma sorrateira, tirando dele toda a capacidade de prosseguir com sua candidatura sem nenhuma estrutura. Tudo o que lhe fora prometido foi logo depois das pesquisas decrescentes negado e boicotado e ele ficou à própria sorte”, afirma Bivar.
Na mensagem, Bivar ainda elogia o ex-juiz, dizendo que ele é uma “pérola surgida nesse árido mundo político”. “Por isso é que o União Brasil abriu suas portas para Moro, investindo nesse futuro”, diz.