Na segunda-feira (25), a moeda norte-americana fechou em alta de 1,44%, a R$ 4,8755.
Depois de algumas semanas de grandes quedas, o dólar voltou a subir no últimos dias. Nesta terça (26), a moeda operou em alta e quase alcançou os R$ 5, enquanto que o real vai liderando as perdas entre as principais divisas globais na sessão.
Às 13h42, a moeda atingiu um pico 1,77%, sendo cotada a R$ 4,9616. No dia, o valor máximo de cotação foi de R$ 4,9996.
O Banco Central realizou leilão extraordinário de swaps cambiais.
Foram vendidos na operação, primeira do tipo desde o leilão realizado em 22 de dezembro de 2021, todos os US$ 500 milhões de dólares ofertados na forma de contratos de swap cambial tradicional.
Os mercados globais têm sido guiados nos últimos dias pelas preocupações com os impactos das restrições de combate ao coronavírus na China e pelas apostas de uma alta maior dos juros nos EUA em razão da disparada da inflação em todo o mundo.
O presidente do Fed, Jerome Powell, declarou na semana passada que um aumento de meio ponto percentual na taxa básica “está sobre a mesa” na próxima reunião do banco central americano no início de maio.
Juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na extremamente segura renda fixa norte-americana, o que tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar frente a outras moedas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta terça-feira para riscos ‘estagflacionários’ na Ásia, dizendo que a guerra na Ucrânia, o aumento nos custos das commodities e uma desaceleração na China criam incerteza significativa.
Ao longo da semana, além da covid-19 na China, o mercado ficará de olho nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, na quinta-feira; e da zona do euro, na sexta-feira.
Divisas emergentes pares do real, como pesos mexicano, chileno e colombiano, também operavam no vermelho, embora caíssem a ritmos bem mais comportados.
Por aqui, segue também como fator de preocupação a crise entre o governo e o Judiciário, após o perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao aliado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal. A ministra Rosa Weber deu um prazo de 10 dias para Bolsonaro prestar informações sobre o decreto editado um dia após a condenação do deputado.