Presidente da Câmara dos Deputados respondeu nas redes sociais após o senador acusá-lo de tentativa de dar um golpe nas eleições para governador-tampão de Alagoas
A escolha do novo governador-tampão de Alagoas está mais quente do que nunca. Após a eleição indireta ser suspensa e, posteriormente, autorizada a ocorrer pela Justiça do Estado, o senador Renan Calheiros (MDB) comemorou a decisão nas suas redes sociais criticando o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). Porém, o deputado não deixou barato e, em suas redes sociais, afirmou que Calheiros “entende de golpes”.
“Sobre dar golpes, o senador Renan Calheiros entende bem. Foi assim que ele tentou conduzir o Congresso Nacional e, várias vezes, desrespeitou decisões judiciais”, postou Lira.
Continuando sua crítica contra Renan Calheiros, Arthur Lira afirmou que o senador tenta mandar e desmandar em Alagoas, chamando-a de “extensão de seu latifúndio”, mas que não conseguirá realizá-la.
“Em Alagoas, achaca e interfere nos poderes, desrespeita a vontade popular e quer fazer do Estado a extensão do seu latifúndio. Não conseguirá!”, completou.
Mais cedo, também nas redes sociais, Renan Calheiros afirmou que a tentativa de suspender as eleições indiretas era uma tentativa de “golpe” de Arthur Lira e que seria financiada pelo chamado “orçamento secreto”, que são as emendas parlamentares.
O PSB entrou, nesta sexta (29), com um pedido de liminar para que as eleições indiretas para indicar o governador-tampão de Alagoas, que irá governar até o fim do ano, fossem suspensas, o que acabou sendo acatado, sob a alegação de inconstitucionalidade da lei estadual.
Porém, no fim da tarde desta sexta, o presidente em exercício do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador José Carlos Malta Marques, derrubou a liminar da juíza Ester Manso. Com isso, o pleito marcado para a próxima segunda (2) está confirmado e irá acontecer. Malta Marques atendeu a recurso da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Entre outras coisas, Malta Marques pontuou que o “autor [PSB], ao propor a ação perante o juízo de primeiro grau, usou de artifício para conseguir a declaração de inconstitucionalidade por um juiz, de forma individual, usurpando competência constitucional”, diz trecho da decisão. Além disso, o presidente em exercício da corte alagoana afirmou que a “a decisão objeto do presente pedido de suspensão se encontra em descompasso com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria.”