O total é o mais alto já registrado no mundo, embora a OMS acredite que há subnotificação de vítimas em outros países
O Globo – Os Estados Unidos ultrapassam a marca de um milhão de mortes relacionadas a Covid-19. A informação foi confirmada pela Casa Branca nesta quinta-feira. O total é o mais alto já registrado no mundo, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredite que o verdadeiro número de vítimas possa ser muito maior em diversos países com subnotificação de casos.
“Hoje, chegamos a um trágico marco: um milhão de vidas americanas perdidas para a Covid-19. Um milhão de cadeiras vazias ao redor da mesa de jantar. Cada uma delas uma perda irreparável. Cada uma delas deixando para trás uma família, uma comunidade, e uma nação que mudou para sempre por causa dessa pandemia. Jill e eu rezaremos por cada uma delas”, disse o preside Joe Biden em comunicado.
Biden também ordenou que bandeiras sejam hasteadas a meio mastro para registrar o marco. O número de hoje supera as 675 mil mortes estimadas durante o surto de gripe espanhola de 1918-19, a pandemia mais grave dos últimos tempos.
“Devemos permanecer vigilantes contra essa pandemia e fazer tudo o que pudermos para salvar o maior número possível de vidas, como fizemos com mais testes, vacinas e tratamentos do que nunca”, ressaltou Biden.
80 milhões de casos
O primeiro caso confirmado no país foi relatado em 20 de janeiro de 2020, quando um homem voltou para casa, em Seattle, após um voo que saiu de Wuhan, na China. Desde então, os EUA já registraram mais de 80 milhões de casos da doença.
Conforme especialistas em saúde pública o alto número de mortos nos EUA pode ser resultado de diversos fatores, como altas taxas de obesidade e hipertensão; sistemas hospitalares sobrecarregados; hesitação para tomar as vacinas e grande população idosa.
Covid-19 na Coreia do Norte
Nesta quinta-feira, a Coreia do Norte anunciou ter detectado um surto de casos relacionados a variante Ômicron da Covid-19. É a primeira vez que o governo do país admitiu ter identificado casos da doença dentro de suas fronteiras desde o início da pandemia. A agência de notícias norte-coreana KCNA classificou o episódio como uma “grande emergência nacional”.
O líder Kim Jong-un negou a implementação de um esquema vacinal no país, apesar dos esforços de outros governantes. Em 2021, por exemplo, foram enviadas ao país 3 milhões de doses da CoronaVac e 2 milhões da AstraZeneca, mas ambas foram recusadas.