Em meio a ameaças públicas de Jair Bolsonaro à eleição, Fachin volta a defender processo eleitoral
Metrópoles – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, disse a deputados da oposição, na noite de quarta-feira (18/5), que “quem for eleito será diplomado”. Em resposta a ameaças públicas de Jair Bolsonaro contra o sistema eleitoral vigente, as declarações de Fachin defendem e reiteram a segurança do pleito.
Por meio da diplomação, a Justiça Eleitoral atesta que o candidato foi eleito e está apto a tomar posse no cargo público. Na cerimônia, os eleitos ganham um diploma do tribunal eleitoral.
A reunião aconteceu no gabinete de Fachin, no tribunal, com pelo menos 11 parlamentares e oito servidores. O encontro foi solicitado pelas lideranças da Minoria e da Oposição na Câmara para tratar do processo eleitoral.
Um parlamentar afirmou que a democracia está em jogo quando há ataques contra as eleições. Fachin voltou a defender o processo eleitoral e explicou como funciona esse sistema. Na semana passada, a Corte concluiu a última etapa do Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação (TPS), com a ajuda de especialistas.
A lista de deputados presentes no debate incluiu: Marcelo Ramos (PSD), vice-presidente da Casa; Jandira Feghali (PCdoB); Perpétua Almeida (PCdoB); Joenia Wapichana (Rede); Rubens Bueno (Cidadania); André Figueiredo (PDT); Wolney Queiroz (PDT); Reginaldo Lopes (PT); Arlindo Chinaglia (PT); Alencar Santana (PT); e Henrique Fontana (PT).
Nos últimos dias, Fachin tem saído em defesa do processo eleitoral, em resposta aos ataques públicos de Bolsonaro. Na semana passada, o magistrado disse que quem trata das eleições são as “forças desarmadas”. Na última terça-feira (17/5), o ministro também declarou que o Brasil não concorda mais com “aventuras autoritárias”.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, também defendeu a manutenção do processo eleitoral. “As eleições ocorrerão normalmente”, disse o PGR a empresários, também na terça-feira (17/5).