Presidente lamentou morte de moradora e disse que policiais reagiram a serem atacados a tiros
Na noite de ontem (24), o presidente Jair Bolsonaro, em suas redes sociais, exaltou a operação conjunta do Batalhão de Operações Especiais Policiais (Bope), da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que ocorreu na Vila Cruzeiro, Zona Norte do Rio de Janeiro, e que deixou 22 mortos, incluindo uma moradora da comunidade.
Bolsonaro parabenizou os “guerreiros do BOPE e da Polícia Militar do Rio de Janeiro”, afirmando que “neutralizaram pelo menos 20 marginais ligados ao narcotráfico em confronto, após serem atacados a tiros durante operação contra líderes de facção criminosa”.
“A operação vinha sendo planejada há meses e os agentes de segurança monitoravam os passos de chefões do tráfico com objetivo de prendê-los fora da comunidade, o que não foi possível devido ao ataque da facção, fazendo-se necessário o uso da força para conter as ações”, escreveu Bolsonaro.
O presidente afirmou que parte dos alvos da operação foi responsável pelo assassinato de 13 agentes de segurança pública somente em 2022.
‘”Especialistas” omitem essas informações com o intuito de demonizar aqueles que arriscam suas vidas por nós’, criticou Bolsonaro, listando os números da operação. “A ação integrada resultou ainda na apreensão de grande quantidade de drogas; 13 fuzis, 4 pistolas e 12 granadas; além de recuperar 30 veículos roubados.”
Por fim, Bolsonaro disse lamentar pela morte da moradora e fez crítica à cobertura da imprensa.
“Lamentamos pela vítima inocente, bem como pela inversão de valores de parte da mídia, que isenta o bandido de qualquer responsabilidade, seja pela escravidão da droga, seja por aterrorizar famílias, seja por seus crimes cruéis.”
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar as circunstâncias das mortes ocorridas durante a operação. O Ministério Público Federal (MPF) também investigará a participação dos agentes da PRF na ação.