TecMundo – Na última quinta-feira (16), o Bloomberg relatou que os mineradores de Ethereum gastaram US$ 15 bilhões em GPUs desde 2020, equivalentes a R$ 77,3 bilhões em conversão direta. A alta demanda pelos equipamentos é resultado, em partes, pelo crescimento repentino da criptomoeda a partir de outubro de 2020. Nesse mesmo contexto, vale recordar que o período também foi influenciado pela escassez de ofertas e alto interesse do consumidor gamer.
Combinadas, as demandas elevaram o preço das GPUs e de diversas outras categorias de eletrônicos para níveis recordes: segundo relatórios do Jon Peddie Research, o preço médio de uma GPU topo de linha no primeiro trimestre de 2021 era US$ 1.358, enquanto um modelo de entrada ficava na casa dos US$ 1.062 — cerca de R$ 7 mil e R$ 5.470, em conversão direta.
Em uma análise mais ampla, o relatório ainda detalha que 49,02 milhões de GPUs foram comercializadas no ano passado, totalizando aproximadamente US$ 51,8 bilhões arrecadados — maior marca em quatro anos. Considerando os números, tem-se o preço médio de US$ 1.056 por unidade vendida, valor quase equivalente ao dobro cobrado por um modelo topo de linha no final de 2019.
Descontos a caminho?
Considerando a desvalorização de 70% desde o último maior preço do Ethereum, até então, é possível inferir que a demanda e a pressão compradora dos mineradores deve diminuir substancialmente. Todavia, com outros problemas como a inflação no caminho, ainda não se pode comemorar possíveis reduções nos preços das GPUs com segurança.