Líder do ranking confirma ótima fase numa Praia de Itaúna lotada e se isola como o surfista que mais venceu a etapa do RJ do Circuito Mundial. Carissa do Moore é campeã feminina
Globo Esporte – A onda de Saquarema tem um dono: Filipe Toledo. Atual número 1 do mundo, Filipinho não deu qualquer chance a Samuel Pupo na decisão do Rio Pro diante de uma multidão na Praia de Itaúna em plena manhã de terça-feira. Não bastasse o título – o segundo da temporada -, Filipinho ainda deu o seu show com direito a nota 10.00 na final. A vitória por 18.67 a 10.73 faz Toledo isolar-se como o maior campeão da etapa do Rio do Circuito Mundial com quatro canecos. Vencedor em 2015, 2018, 2019 e 2022, o paulista superou o australiano Dave Macaulay, campeão em 1988, 1989 e 1993.
Classificado para o WSL Finals em setembro, Filipe chegou a 50,040 pontos no ranking. Agora a meta do camiseta amarela é manter a liderança até o final da temporada. A próxima etapa acontece de 12 a 21 de julho em Jeffreys Bay, na África do Sul. Em agosto, o Tour chega a Teahupoʻo, no Taiti, antes da parada final em Tresltes, na Califórnia, quando apenas os cinco primeiros colocados do ranking disputarão o título da temporada.
Show de Filipinho
A final começou com ondas pequenas, um 0.37 e um 1.00 de Filipe Toledo contra um 0.63 de Samuel Pupo. Aos nove minutos veio o momento épico da decisão. Com um aéreo perfeito, com direito a rasgadas para a direita, Filipinho levou um 10.00 dos juízes. Mesmo com a larga vantagem, o camiseta amarela seguiu dando show e, pouco depois, ele aumentou o seu somatório com um 8.67, jogando Samuel para a combinação.
Sem ter muito o que fazer, Samuca viu o tempo passar e nada de as boas ondas virem. A três minutos do fim, ele conseguiu trocar as suas notas com um 2.33 e um 1.20, chegando a 3.53 de somatório. Ainda deu tempo para Samuca pegar uma onda nota 8.00, terminando a final com uma derrota digna pelo placar de 18.67 a 10.33.
Carissa Moore é campeã
No feminino, Carissa Moore ficou com o título ao bater Johanne Defay por 15.43 a 12.33 na grande final. Foi a primeira etapa vencida pela líder do ranking, que havia perdido todas as três finais anteriores disputadas na temporada. Com a derrota na decisão, a francesa perdeu a chance de assumir a liderança do ranking.
A final foi bastante movimentada. Johanne largou na frente com uma onda de 2.50, Carissa respondeu com um 0.50, seguido de um 5.50, que lhe deu a liderança. Pouco depois, a francesa pegou uma onda de 4.50, retomando o primeiro lugar. A 15 minutos do fim, Johanne Defay surfou a melhor onda da bateria até então, recebendo 7.50.
Carissa tentou se recuperar na sequência, mas a nota ganha dos juízes foi apenas 5.40. Com dificuldades para surfar, a havaiana guardou todas as energias para o fim da bateria. Dito e feito. A 35 segundos do término, a líder do ranking encontrou uma bela direita e levou 9.50 dos juízes. Era a onda do título para a decepção de Johanne Defay.
Semifinal masculina
1. Samuel Pupo (BRA) 11.44 x 10.83 Italo Ferreira (BRA)
2. Filipe Toledo (BRA) 17.36 x 15.34 Yago Dora (BRA)
Final masculina
1. Samuel Pupo (BRA) 10.73 x 18.67 Filipe Toledo (BRA)
Semifinal feminina
1. Johanne Defay (FRA) 12.16 x 9.67 Gabriela Bryan (HAV)
2. Carissa Moore (HAV) 14.60 x 11.77 Tatiana Weston-Webb (BRA)
Final feminina
1. Johanne Defay (FRA) 12.33 x 15.43 Carissa Moore (HAV)