Estado atingiu em apenas quatro dias a média de chuva prevista para todo o mês
CNN – O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, declarou, nesta segunda-feira (4), em entrevista à CNN, que os municípios alagoanos e dos demais estados que desejarem acessar recursos federais precisam decretar situação de emergência.
“Nós temos um sistema informatizado, e o município pode acessar diretamente e solicitar esse recurso. Para isso, a lei determina que ele faça um decreto de situação de emergência. Alguns municípios já tem esse decreto por causa das chuvas anteriores, outros não. Ele inserindo no sistema, a gente tem condição de fazer a liberação de recursos imediata”, afirmou Alexandre Lucas.
“Há municípios que estão com dinheiro em conta do desastre do dia 27 de maio que ainda não conseguiram gastar esse recurso, porque nós liberamos esse recurso para três meses de atendimento. Então, ele pode inclusive usar esses recursos que já estão em conta para atender essas famílias”, continuou.
Alexandre Lucas explica que mesmo com o dinheiro em conta, não significa que o atendimento será imediato. Ainda é necessário procurar fornecedores dos materiais necessários, e muitas localidades precisam comprar na capital, por exemplo. Para isso, aeronaves das Forças Armadas estão realizando o apoio.
O governo federal reconheceu, por meio de publicação no Diário Oficial da União (DOU), em uma portaria Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, a situação de emergência em 15 cidades de Alagoas, Amazonas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
Um dos estados mais gravemente atingidos pelas chuvas, Alagoas registrou duas mortes neste final de semana. No total, foram seis óbitos entre junho e julho. Cerca de 59 mil pessoas foram afetadas até o momento pela alta precipitação que tem sido registrada durante os meses deste ano.
No estado, há mais de 50 municípios em situação de emergência, e as enchentes também atingem a capital Maceió.
Em apenas quatro dias do mês de julho, cidades alagoanas registraram uma quantidade de chuvas maior do que a média prevista para todo o mês, com mais de 300 milímetros.