Novos dados do levantamento “A cara da democracia” mostram que efeito das mortes podem atingir popularidade do presidente Bolsonaro
O Globo – O fenômeno da rejeição ao presidente e pré-candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, é multifatorial, e os efeitos da pandemia de Covid-19 fazem parte do índice que chegou a 55% dos que dizem não votar no presidente de jeito nenhum, segundo o Datafolha divulgado no fim de junho. Lula tem 35% de rejeição na mesma pesquisa.
Novos dados da pesquisa “A cara da demoracia”, que fez entrevistas presenciais em todas as regiões do Brasil, mostram que 60% dos entrevistados disseram que perderam “algum parente ou amigo próximo para a Covid-19”, ante 40% que responderam negativamente.
Com o discurso de prescrever remédios ineficazes contra o coronavírus e sabotando medidas de distanciamento social que vinham sendo aplicados internacionalmente, o presidente pode ter um alto custo a pagar para os 60% dos eleitores que perderam entes ou amigos para a doença que vem mudando o mundo desde o fim de 2019.
A pesquisa “A cara da democracia” foi feita pelo Instituto da Democracia (INCT/IDDC), com 2.538 entrevistas presenciais em 201 cidades, em todas as regiões do país. A margem de erro total é de 1,9 ponto percentual, e o índice de confiança é de 95%. INCT/IDDC, com as universidades UFMG, Unicamp, UnB e Uerj/CNPq/Fapemig. A edição de 2022 está registrada no TSE sob o número BR-08051/2022.