Em agosto de 2020, uma pesquisa do CDC americano já havia atestado que a crise do coronavírus também tinha desencadeado uma crise de saúde mental
BSM – De acordo com um relatório do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em tempos de pandemia (Covitel), os casos de depressão entre adultos cresceram mais de 40% no primeiro trimestre de 2022 quando comparado com o período pré-pandêmico, anterior a abril de 2020. Mulheres foram as maiores vítimas.
Responsável por grande parte da cobertura baseada na contagem de mortos na pandemia, a Folha de S. Paulo agora classifica a depressão como uma “nova pandemia”.
Segundo dados do Covitel, o percentual de pessoas diagnosticadas com depressão passou de 9,6% para 13,5%, um aumento de 40,6%.
O aumento foi impulsionado, principalmente, pelas mulheres que apresentaram um salto de 13,5% para 18,8%. Entre os homens, o percentual de diagnósticos passou de 5,4% para 7,8%.
O Covitel é realizado pela Vital Strategies, uma organização global de saúde pública, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O levantamento entrevistou 9 mil brasileiros que vivem nas capitais e em cidades do interior das cinco regiões do país.