Marcelo Xavier foi acusado por um ativista ambiental de ser responsável pelo assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips
O Globo – Presidente da Funai, o delegado da Polícia Federal Marcelo Xavier foi expulso nesta quinta-feira (21/07) do III Encontro de Altas Autoridades da Ibero-América com Povos Indígenas, em Madri. O caso ocorreu após um ativista ter acusado Xavier de ser o responsável pelo genocídio dos povos indígenas e pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no dia 5 de junho na região do Vale do Javari, na Amazônia, quando faziam uma expedição.
– Este homem não pertence a este local. Não é digno de estar aqui. O Itamaraty é uma vergonha. O Itamaraty está sendo babá de miliciano. Marcelo Xavier é um miliciano. Este homem é um assassino. Este homem é responsável pela morte de Bruno Pereira (e) pela morte de Philips. Você é um miliciano, Xavier. Bandido. Vai embora mesmo, vai para fora – disse o ativista.
Imagens da confusão ocorrida durante o encontro foram postadas nas redes sociais pelo ativista Ricardo Rao, que é indigenista da própria Funai e que se pronunciou contra Maurício Xavier no evento. Rao se levanta durante o encontro, faz as acusações contra Xavier e pede que ele se retire do local. O presidente da Funai deixa a sala enquanto o ambientalista ainda se pronuncia contra a gestão da fundação. Rao, que era colega de trabalho de Bruno Pereira, diz ter deixado o Brasil após ter sofrido ameaças de morte durante seu trabalho de fiscalização como representante do órgão federal. Procurada, a Funai não se pronunciou.