Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (29), secretários detalharam estratégias da pasta diante do surto da doença no país
CNN – Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (29), o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou que a primeira remessa de vacinas contra varíola dos macacos adquiridas pelo Brasil deve ser entregue em setembro. A segunda parcela deve chegar ao país em novembro.
“O Ministério da Saúde fez sua encomenda à Opas de 50 mil doses de vacina. Para se ter uma ideia, para toda a região das Américas, o pedido do fundo rotatório é da aquisição de 100 mil doses de vacinas”, detalhou o secretário.
Medeiros ressaltou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda, neste momento, a vacinação em massa contra a doença. A orientação da entidade é de que a vacinação seja direcionada para pessoas expostas a alguém contaminado e para aqueles com alto risco de infecção.
Segundo o secretário, o ministério optou por uma variação de imunizante feita a partir de vírus não replicante. A fabricante responsável pela produção dessa vacina é a empresa de biotecnologia dinamarquesa Bavarian Nordic.
De acordo com Medeiros, a pasta chegou a iniciar contato direto com a corporação, que não possui escritório no país.
“Portanto, o único método que nós tínhamos para trazer a vacina para o Brasil era através de comprarmos pelo mecanismo do fundo rotatório da Opas. A Bavarian tem uma dificuldade de produção em larga escala, porque ela produzia para um quantitativo pequeno”, esclareceu Medeiros.
O secretário também comentou sobre a possibilidade de produção nacional do imunizante.
“Com relação às tratativas com o Instituto Butantan, o órgão é parceiro do Ministério da Saúde em inúmeros imunobiológicos. Obviamente, se o Instituto Butantan tiver a capacidade e agilidade de produzir a vacina o quanto antes, nós iremos fazer tratativas com o Instituto Butantan, com Bio-Manguinhos ou com qualquer outro laboratório público nacional, ou mesmo outro laboratório que não seja público, para adquirirmos mais vacina, caso haja essa necessidade.”