Suposto “funcionário fantasma” teria sido abordado no centro de Maceió em novembro de 2021
Mais um caso de suposto desvio de dinheiro público ronda os corredores da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Dessa vez o funcionário fantasma seria um comerciante que vende caldo de cana no Centro de Maceió, que estaria recebendo R$ 21.405,00, por mês.
Por estar recebendo ameaças, o ambulante procurou o Delegado Thiago Prado para fazer a denúncia do caso. Nessa terça-feira (02), por meio de suas redes sociais, o delegado da Polícia Civil divulgou o escândalo.
No vídeo, o suposto funcionário da ALE, que preferiu não se identificar, contou que foi abordado por uma pessoa perguntando se ele queria trabalhar para receber um salário mínimo, em novembro de 2021. “Eu disse que aceitava, então ele pediu meus documentos, inclusive o meu cartão do banco. Quando fui ver minha conta corrente, estava recebendo quase R$ 16 mil”, disse ao reforçar que ganha somente R$ 700 com a venda de caldo de cana.
Ainda de acordo com o ambulante, que afirmou ter apenas concluído o ensino fundamental, quando ele percebeu a situação bloqueou o cartão e a conta corrente. Foi nesse momento que as ameaças começaram. “Comecei a receber ameaças de morte pelo telefone, dizendo que iriam na minha casa. Foi nesse momento que senti medo pela segurança da minha família”, relatou.
No contracheque, o servidor fantasma aparece com o cargo de secretário parlamentar recebendo um salário bruto de R$ 21.405,00, até o mês de maio. A partir de junho, mês que o ambulante fez o bloqueio do cartão, ele não aparece mais na folha de pagamento da ALE.
Ao finalizar o vídeo denúncia, o Delegado Thiago Prado cobrou esclarecimentos da Assembleia Legislativa de Alagoas. “Agora queremos saber quem foi o deputado estadual que determinou a nomeação de um cidadão que nem tem nível médio para receber R$21 mil, porque tem deputado sacaneando a nossa cara”, afirmou.
Com as informações obtidas, o Delegado Thiago Prado irá acompanhar o funcionário até a Polícia Civil de Alagoas para que seja registrado um boletim de ocorrência. A denúncia também será levada ao Ministério Público do Estado de Alagoas para que o responsável por essa nomeação seja identificado.
Por Assessoria