Presidente afirma que intenção é “proteger” atuais funcionários públicos e que a máquina pública está no “limite”
Poder 360 – O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (30) que seu governo vai evitar a abertura de novos concursos públicos caso seja reeleito. Declarou que a intenção é “proteger” atuais funcionários públicos da ativa. Candidato a um 2º mandato, o chefe do Executivo afirmou que a máquina pública está no seu “limite”, mas que os funcionários públicos devem ter reajuste no próximo ano.
“Quando assumimos, cortamos mais de 20.000 cargos em comissão. Foi um grande sinalizador. Vamos evitar concursos públicos até para proteger atuais funcionários públicos, muitos jovens ficam chateados, mas a máquina está no seu limite”, afirmou o presidente a representantes de comércio e serviços.
Bolsonaro também disse que, caso reeleito, deverá dar reajuste para funcionários públicos. “Vai ter que dar reajuste para servidor. [Estão há] 3 anos sem reajuste. Passaram por anos difíceis. O não concurso público, aposentadoria e outras coisas, a gente encaixa aí”, declarou.
Sobre uma eventual reforma administrativa, reafirmou que a proposta deve mirar somente novos funcionários públicos. Ele defendeu que o Congresso conduza esse debate.
“[Deve ser] só para futuros servidores, não mexe com direitos adquiridos. Se houver reeleição, essa reforma, o Parlamento vai decidir, é fazer com que tenhamos novo quadro de servidores no futuro. O inchaço da máquina, além do trem da alegria lá atrás, em especial prefeitos de esquerda, incharam”, disse.
No evento, o presidente mencionou que sua gestão foi a primeira a contar com o teto de gastos, regra que limita as despesas públicas. “Acredito que o teto do Temer foi para estancar a hemorragia, sou o primeiro governo que tem um teto de gastos”, disse.
Bolsonaro participou nesta terça-feira (30) de evento com organizado pela Unecs (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviço) com candidatos à Presidência.
O chefe do Executivo foi questionado principalmente sobre assuntos de economia e infraestrutura. Ele deixou de usar o tempo disponível em pelo menos 3 respostas e fez piadas. Perguntado sobre o acesso ao crédito, finalizou assim a resposta: “Não disse nada, né? Pelo menos enrolei de forma bastante rápida”.