Segundo senadora do MDB, sua candidatura tem como objetivo “defender a democracia”; “Ninguém vai ousar discutir o resultado das urnas”, disse
Nesta segunda (5), a candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), afirmou que, se eleita, criará uma secretaria executiva própria para políticas públicas para a Amazônia, em uma “dobradinha com o Ministério das Relações Exteriores”.
“Primeiro, para mostrar para o mundo que somos sustentáveis, cuidamos dos nossos biomas, mas também fazendo com que investimentos privados estrangeiros possam vir e trazer os dólares que estão faltando no Brasil”, disse em entrevista durante uma visita a uma cooperativa de reciclagem de materiais, em São Paulo.
A nova secretaria ainda não teria um ministério a ser vinculada, mas que Tebet ainda analisará aonde será encaixada. De acordo com a candidata, a medida poderia, também, “aquecer a economia” e não teria o poder somente de fortalecer a fiscalização e o controle ambiental.
As recentes pesquisas que mostram crescimento nas intenções de voto de Tebet também foram abordadas na entrevista. A emedebista disse que os líderes das sondagens, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), não apresentam “planos” para o país. Ela afirmou ainda que os “votos úteis” devem ser depositados na terceira via.
“Aqueles que não querem a reeleição do presidente Bolsonaro podem apostar nessa via, a terceira via, as pesquisas já mostram que todos nós ganhamos no segundo turno do atual presidente. Então nós estaremos falando com as pessoas, mostrando na imprensa que o voto útil não é nem um lado nem outro, é a alternativa que pode fazer o Brasil crescer com unidade”, comentou.
Tebet ainda voltou a afirmar que sua candidatura não tem como objetivo apenas disputar as eleições, mas “defender a democracia”. “Nós temos uma missão. Nossa candidatura não é só eleitoral, mas política. Ninguém vai ousar discutir o resultado das urnas. Vamos aceitar o resultado das urnas”, completou.
Redução da carga tributária
Tebet esteve nesta segunda-feira (5) numa cooperativa de reciclagem de materiais em Jurubatuba, na zona sul da capital paulista. Ela andou pelo galpão para conhecer o trabalho e falou com os cooperados.
Em entrevista, ela propôs a ampliação de linhas de financiamento para o setor por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a redução da carga tributária das cooperativas.
“Com toda segurança, essas pessoas não só cuidam do lixo, mas fazem do lixo o seu sustento, tem emprego, carteira de trabalho e renda. E é isso que queremos levar para todo o Brasil: ser parceiros dos municípios pra construir aterros sanitários com linhas de financiamento, mas também ao lado das cooperativas, ajudando na carga tributária para que eles possam contratar mais pessoas, gerar emprego e renda pra população brasileira”, disse.
Questionada sobre como reduziria a carga tributária, a senadora afirmou que pretende diminuir a alíquota do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) das cooperativas. “Hoje eles pagam 20% em relação ao INSS como patronais, como encargos previdenciários, enquanto o setor da pesca, por exemplo, é 2,5%, e outras também”, afirmou.
Ainda nesta segunda-feira, a emedebista vai à tarde para Minas Gerais, onde fará uma caminhada na praça Sete de Setembro, em Belo Horizonte, e depois participa de manifestação em defesa da Serra do Curral, também na cidade.