Apoiador de Lula, deputado nega as acusações e promete ir à Justiça contra fake news.
Conexão Política – O deputado federal André Janones (Avante-MG) está sendo acusado por um ex-assessor de praticar “rachadinha”, que é a prática de tomar parte dos salários dos funcionários do gabinete.
De acordo com Fabrício Ferreira, ex-colaborador do parlamentar, o caso foi levado à Procuradoria-Geral da República (PGR) em janeiro deste ano. Em entrevista à Jovem Pan News, ele comentou sobre um episódio em que um funcionário que recebe R$ 9 mil teve que transferir R$ 5 mil a Janones por meio de outro assessor.
Ele também acusa o congressista de praticar assédio moral contra os integrantes do gabinete. Em capturas de tela que parecem ser de conversas no WhatsApp, o deputado chama seus funcionários de “doentes mentais”, “vermes”, “analfabetos funcionais” e “desgraçados”.
Fabrício diz ter conhecido Janones em 2017, na época da greve dos caminhoneiros. Em 2018, na campanha eleitoral, atuou como voluntário e, depois, ganhou o cargo de secretário parlamentar, tendo exercido a função até dezembro de 2021.
Em nota, a equipe de comunicação de André Janones negou as acusações e garantiu que vai processar o ex-assessor por apresentar versões conflitantes a cada nova repercussão do caso.
“Devido à correria que a fase de campanha impõe, o próprio ex-assessor do deputado André Janones (antes de ser pago para criar fake news) desmente o ex-assessor (já pago pra criar fake news). Por hora, só o jurídico está se divertindo com isso”, afirma o comunicado.
“Tomarei providências jurídicas, pois jamais aceitarei que denúncias levianas de cunho político regional venham denegrir minha imagem construída com retidão ao longo de tantos anos. Esse é o compromisso que assumi quando fui eleito pelo voto de mais de 178 mil mineiros”, declarou o congressista à revista IstoÉ.
Nas redes sociais, Fabrício publicou um vídeo negando que tenha recebido dinheiro para divulgar o caso e disse estar à disposição das autoridades para dar mais detalhes acerca do suposto crime.
“Funciona assim: o miliciano e seus filhos bandidos começaram a sentir o golpe. Então, eles criam fake news sobre mim e me associando ao Lula, vocês entram pra me defender, alavancam o algoritmo, e ninguém comenta mais que o vagabundo matou 400 mil pessoas na pandemia. Entenderam?”, escreveu Janones.