Informação foi confirmada oficialmente pela embaixada dos EUA e por duas altas por fontes da campanha do petista
Na próxima quarta (21), o ex-presidente e candidato à presidência da República, Lula (PT), terá uma reunião com representantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Entre os envolvidos estará o encarregado de negócios da embaixada americana, Douglas Koneff, principal autoridade do governo norte-americano no país, já que o cargo de embaixador está vago.
A informação foi confirmada à CNN pela embaixada dos Estados Unidos e por duas fontes dentro da campanha de Lula.
Além de Lula, o ex-chanceler Celso Amorim e o senador Jacques Wagner, cotado para o Itamaraty, também devem participar.
O encontro vem sendo tratado com reserva pelos dois lados. A ideia era que ele já tivesse acontecido.
Fontes da campanha de Lula informaram à CNN que, depois, ficou acordado que ocorreria entre o primeiro e o segundo turnos. E, na última negociação, o acerto era que ocorresse apenas após o fim das eleições.
Mas como as pesquisas passaram a apontar a possibilidade real de a eleição acabar no primeiro turno, essas fontes da campanha de Lula disseram que os dois lados avaliaram que seria melhor que o encontro ocorresse o quanto antes.
O plano é que eles se encontrem em São Paulo, na sede do Instituto Lula.
A embaixada, porém, informou à CNN que “as datas das reuniões não tem ligação com outros eventos e dependem exclusivamente da disponibilidade dos candidatos”.
A ideia dos americanos é assegurar apoio ao resultado eleitoral e já abordar possíveis temas de uma agenda bilateral, como democracia e meio ambiente — temas centrais na agenda do presidente americano Joe Biden.
Em nota, a embaixada disse:
“Como prática, diplomatas norte-americanos da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil se reúnem regularmente, de forma privada, com partidos políticos e candidatos. Vemos como uma valiosa oportunidade para o governo dos EUA ouvir as perspectivas sobre eventos atuais e opiniões políticas sobre questões de interesse mútuo. Nós planejamos continuar com este esforço para encontrar com todos os principais candidatos presidenciais das eleições de outubro”.
Afirmou ainda que “a liderança da Embaixada já convidou todos os principais candidatos presidenciais, sem definir uma prioridade, com o propósito de discutir suas opiniões sobre as relações bilaterais.
Alguns já aceitaram, e estamos aguardando a confirmação de outros candidatos.”