Recentemente Lula afirmou que era contrário ao aborto
BSM | A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, determinou neste sábado (15) que seja suspensa uma propaganda da campanha do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que diz que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende o aborto no Brasil.
Na campanha publicitária, a locutora diz que “Lula quer mudar a lei e incentivar a mãe a matar o próprio filho no seu próprio ventre”.
“As publicidades não são críticas políticas ou legítima manifestação de pensamento. O que se tem é a veiculação de desinformação, mensagem distorcida e ofensiva à honra e à imagem de candidato à Presidência da República, o que pode conduzir, em alguma medida, à repercussão ou interferência negativa no pleito”, declarou a ministra.
Para Cármen Lúcia, a propaganda produz um conteúdo que macula a honra do ex-presidente.
“A afirmação não corresponde a dados verídicos nem comprovados, não havendo comprovação de que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva tenha declarado, prometido ou apresentado projeto de governo no sentido de promover a alteração da lei que cuida do tema do aborto”, afirmou.
Recentemente, com o objetivo de angariar votos dos cristãos, o ex-presidente Lula afirmou que era contrário ao aborto, no entanto, durante evento promovido pela Fundação Perseu Abramo (FPA) e pela Fundação Friedrich Ebert (FES), em abril deste ano, o ex-presidente defendeu a legalização do aborto.
Na ocasião, Lula disse que o tema deveria ser tratado como “questão de saúde pública”.
“No Brasil, por exemplo, as mulheres pobres morrem tentando fazer o aborto, porque é ilegal”, afirmou. “As mulheres pobres não fazem porque é proibido. Quando, na verdade, deveria ser transformado em uma questão de saúde pública. Todos deveriam ter o direito de fazer o aborto e não ter vergonha. Não quero ter filho, vou cuidar de não ter filho.”