Dados são de boletim divulgado pela PRF às 6h30 desta segunda-feira (7). Número é maior que na noite de domingo (6); grupos ocupam rodovias ilegalmente desde anúncio do resultado das eleições.
Mais de uma semana após o segundo turno das eleições e após o apelo do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que os manifestantes liberassem as rodovias, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que, às 6h30 desta segunda (7), ainda há protestos bloqueando estradas no Brasil.
São seis pontos de interrupção de trânsito: em Vilhena-RO, Altamira-PA (com duas interdições) e Blumenau-SC há a interrupção parcial do trânsito, enquanto que em Palhoça-SC e em Pontes e Lacerda (MT) tem bloqueios totais das rodovias.
O número de atos é maior que na noite de domingo (6), quando havia interdições apenas no Pará e no Rondônia. Os protestos começaram em 30 de outubro. No dia seguinte, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a PRF e as polícias militares estaduais tomassem as medidas necessárias para desobstruir as vias.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal até o início da noite deste domingo, 1040 manifestações haviam sido desfeitas.
Investigação
O Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Polícia Federal (PF) investigue possíveis crimes cometidos pelo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Segundo o ofício, o inquérito deve apurar blitz realizadas pela corporação durante o segundo turno das eleições e omissão em relação aos bloqueios em rodovias.
O MPF diz que, se comprovada omissão do diretor da PRF sobre o bloqueio nas vias federais, o caso pode ser considerado prevaricação. Além disso, Silvinei Vasques – que declarou apoio a Bolsonaro na eleição – pode responder por “crimes praticados por invasores de rodovias”.
A prevaricação está configurada quando o funcionário público retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou age contra regra expressa em lei, “para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. A pena é de detenção de três meses a um ano, e multa.