Petista ainda não confirmou os nomes que estarão à frente das pastas; o governo eleito deve passar a definir os ministros a partir desta segunda-feira (7)
De acordo com a CNN, os partidos que compõe a base de apoio do presidente eleito Lula (PT) deverão comandar até 11 ministérios no governo petista. Nomes ainda não foram confirmados, mas com a entrada de Lula no processo de transição a partir desta segunda (7), pode se esperar as confirmações em breve.
Assessores do próximos a Lula apontam algumas tendências na composição da gestão. O PSB, partido do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, pode ficar com duas pastas: a Controladoria-Geral da União e a Tecnologia. Enquanto a primeira seria comandada pelo ex-governador Paulo Câmara, a segunda teria o também ex-governador Márcio França.
O Rede Sustentabilidade deve ficar com o Meio Ambiente. A dúvida fica por conta da indicação do ministro: o senador Randolfe Rodrigues e a ex-ministra Marina Silva são cotados.
O PSOL pode assumir o ministério dos Povos Originários, com a deputada federal eleita Sônia Guajajara. Já o PCdoB deve ficar com a Cultura, e a também deputada federal eleita Jandira Feghali estaria à frente da pasta.
Simone Tebet, do MDB, é dada como nome certo para compor o governo — não se sabe, porém, se à frente da Educação ou da Cidadania. Outro emedebista que pode fazer parte da gestão é o ex-governador Eduardo Braga, em Minas e Energia.
O senador Carlos Fávaro (PSD), que foi coordenador da campanha de Lula à Presidência para o agronegócio, pode ficar com a Agricultura, ampliando a base de apoio petista. A sigla comandada por Gilberto Kassab, no entanto, gostaria de voltar a comandar as Comunicações, segundo apuração de Uribe.
O PSDB teve durante a campanha nomes que indicaram apoio a Lula, como o ex-governador Tasso Jereissati e o ex-chanceler Aloysio Nunes. Com isso, o partido é cotado para estar à frente do ministério da Indústria e Comércio.
O Solidariedade, de Paulinho da Força, pode ficar com o ministério do Trabalho. O Avante, de André Janones, é cotado para Comunicações ou Micro e Pequena Empresa. Apesar de o deputado federal ter afirmado que não pretende assumir nenhuma pasta, ele é tratado como ministeriável nos bastidores.
Com isso, 11 das 33 pastas que devem compor o governo seriam comandadas por quadros de siglas aliadas — o que equivale a um terço. A gestão atual conta com 23 ministérios.
Ministério da Economia
Segundo apuração de Uribe, membros do governo eleito defendem que o primeiro nome anunciado seja o do novo ministro da Fazenda.
Isso porque há um temor de que as medidas propostas para viabilizar o Auxílio Brasil no valor de R$ 600 para 2023 — que devem ter como consequência ajustes no teto de gastos — possam causar algum tipo de desgaste.
Além disso, essa mesma ala defende que a Fazenda seja comandado por um quadro técnico, e o Planejamento, por um nome político, como Fernando Haddad (PT) ou Aloizio Mercadante (PT).