Pasta não orienta aplicação de quinta dose de vacina contra a Covid. Recomendação é de quarta dose aos imunossuprimidos e maiores de 40 anos
Metrópoles – O Ministério da Saúde registrou, até esta quarta-feira (9/11), cinco casos positivos da variante BQ.1 da Covid-19 no Brasil.
De acordo com a pasta, dois casos são de São Paulo. Uma das pacientes morreu de Covid em 17 de outubro na capital do estado. Ela tinha 72 anos de idade e diversas comorbidades.
Os outros três casos positivos foram registrados no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Amazonas, informou o ministério.
Assim como países da Europa e da Ásia, o Brasil enfrenta um crescimento no número de casos positivos de Covid nas últimas semanas.
No Rio de Janeiro, o índice de casos positivos na última semana chegou a 2.404. Nos 15 dias anteriores, o número era de 510.
Nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio anunciou a aplicação da quinta dose da vacina contra a Covid para idosos e pessoas com comorbidades. Outros municípios fluminenses, como Niterói e Macaé, também adotaram a medida.
Quinta dose
A ação vai contra as recomendações mais recentes do Ministério da Saúde. A última nota técnica divulgada pelo órgão orienta vacinação com a quarta dose para pessoas imunossuprimidas e de 40 anos ou mais de idade.
Questionado, o Ministério da Saúde informou que a faixa etária para aplicação da quarta dose ainda não foi ampliada. O órgão também não orientou vacinação com a quinta dose.
“A Câmara Técnica Assessora em Imunizações mantém as discussões referentes as alterações e ampliações do esquema vacinal para novos grupos, de acordo com as evidências científicas e o cenário epidemiológico, que são acompanhados diariamente pela pasta”, informou o ministério.
Variante BQ.1
O surgimento de uma nova subvariante do coronavírus, a Ômicron BQ.1, reacendeu um sinal de alerta em todo o mundo após um período de queda acentuada e estabilidade do número de novos diagnósticos de Covid-19.
Especialistas acreditam que o Brasil se encaminha para uma nova onda de casos nas próximas duas a três semanas, com aumento mais acentuado em dezembro.
Porém, algumas medidas individuais podem contribuir com a prevenção da doença, evitando os casos e achatando a curva epidemiológica.