No fim de outubro, ex-deputado resistiu a uma ordem de prisão e deu tiros de fuzil e arremessou granadas contra policiais federais. Ministro do STF entendeu que o caso é de responsabilidade da Justiça Federal
G1 – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, enviou nesta quarta-feira (9) para a Justiça Federal de Três Rios (RJ) as investigações sobre os ataques do ex-deputado Roberto Jefferson a policiais federais. Jefferson resistiu à prisão com tiro de fuzil e granadas.
O ex-deputado cumpre prisão preventiva em Bangu 8, no Rio de Janeiro. Moraes entendeu que a competência para investigar o caso é da Justiça Federal do Rio.
“Neste caso, as condutas investigadas foram perpetradas em face de funcionários públicos da Polícia Federal que cumpriam mandado de prisão expedido judicialmente, de modo que a competência é da Justiça Federal”, escreveu o ministro.
Na decisão, Moraes sinaliza que Jefferson pode ser julgado pelo tribunal do júri, porque a conduta investigada pode ser considerada crime doloso contra a vida.
No fim de outubro, Moraes revogou a prisão domiciliar de Jefferson, por entender que ele estava descumprindo as regras desse modelo de detenção, e determinou que o ex-deputado voltasse para a prisão.
Quando policiais federais chegaram à residência de Jefferson, ele os atacou. Somente após oito horas desrespeitando a ordem do Supremo, o ex-deputado se entregou.