Líderes vão se encontrar pela 1ª vez pessoalmente desde que o atual presidente dos EUA assumiu o cargo
Antes do início da cúpula do G20, um encontro muito esperado está para acontecer na Indonésia nesta semana. O presidente chinês Xi Jinping desembarcou no país asiático e se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden antes de uma cúpula marcada por tensões.
Na reunião, os líderes das duas maiores potências mundiais deverão discutir as ambições nucleares de Taiwan, Ucrânia e Coreia do Norte, que também devem ser pauta durante o G20, que se inicia nesta terça (15). Vladimir Putin, presidente da Rússia, não participará.
O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, representará o presidente russo na cúpula do G20 – a primeira desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro – depois que o Kremlin disse que Putin estava ocupado demais para comparecer.
Na véspera da reunião com Xi, Biden disse aos líderes asiáticos no Camboja que as linhas de comunicação dos EUA com a China permaneceriam abertas para evitar conflitos, com negociações difíceis quase certas nos próximos dias. Ele chegou a Bali no final do domingo.
As relações entre as superpotências atingiram o nível mais baixo em décadas, marcadas por crescentes tensões nos últimos anos sobre uma série de questões que vão de Hong Kong e Taiwan ao Mar da China Meridional, práticas comerciais e restrições dos EUA à tecnologia chinesa. Mas autoridades dos EUA disseram que houve esforços discretos de Pequim e Washington nos últimos dois meses para reparar os laços.
“Essas reuniões não acontecem isoladamente, são parte de um processo muito sustentado”, disse um funcionário do governo Biden. “Nós nos envolvemos em uma diplomacia séria e sustentada”. “Acho que estamos satisfeitos com a seriedade que ambos os lados trouxeram para esse processo”.
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse a repórteres que a reunião foi “destinada a estabilizar a relação entre os Estados Unidos e a China e criar uma atmosfera mais certa para as empresas dos EUA”. Ela disse que Biden foi claro com a China sobre as preocupações de segurança nacional em relação às restrições a tecnologias sensíveis dos EUA e levantou preocupações sobre a confiabilidade das cadeias de suprimentos chinesas para commodities como minerais.