Encontro entre os dois, na Indonésia, é o primeiro presencial desde que o líder norte-americano assumiu o governo, em 2021, e o mandatário chinês foi eleito para um terceiro mandato. Guerra da Ucrânia, Taiwan e Coreia do Norte está na pauta de reunião bilateral da cúpula, que acontece na terça-feira (15).
G1 – Os presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Joe Biden, se encontraram nesta segunda-feira (14) em Bali, na Indonésia, onde acontece esta semana a cúpula do G20.
É o primeiro encontro pessoal entre os líderes dos dois grandes rivais no atual cenário da geopolítica mundial desde que Biden assumiu o governo, em 2021, e que Xi foi reeleito para um terceiro mandato na China, se consolidando como o líder mais influente do país desde Mao Tse Tung.
Na pauta do encontro, que ocorreu nesta manhã (pelo horário de Brasília), estavam temas como a tensão em Taiwan, a guerra na Ucrânia e as ambições nucleares da Coreia do Norte, questões chave para os dois países, que, nos três casos, são aliados de lados opostos.
Antes de encontrar o líder chinês, Biden já havia dito que os Estados Unidos vão “competir vigorosamente” com Pequim, ainda que “garantindo que a concorrência não se transforme em conflito”.
“Como líderes de nossas duas nações, compartilhamos a responsabilidade, na minha opinião, de mostrar que a China e os Estados Unidos podem gerenciar nossas diferenças, impedir que a concorrência se torne algo próximo de um conflito e encontrar maneiras de trabalhar juntos em questões globais urgentes. que exigem nossa cooperação mútua”, disse Biden na abertura da reunião.
A cúpula do G20 acontece ao longo de terça-feira (15). O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não irá ao encontro, e seu país será representado por Serguei Lavrov, o ministro das Relações Exteriores.
Mais cedo, a agência de notícias Associated Press informou que Lavrov foi levado ao hospital após chegar a Bali. O governo russo, entretanto, negou e classificou a informação como “o cúmulo da falsificação.”
Eleições nos EUA
O encontro acontece também quase uma semana depois de os Estados Unidos realizarem as eleições de meio de mandato, que renovam parte do Legislativo do país, além de governadores e Câmaras locais, e é considerada o grande termômetro da gestão de Joe Biden.
A apuração dos votos ainda não foi concluída – a contagem é manual e por estado -, mas as principais projeções indicam uma derrota bem menor que a esperada para o Partido Democrata, de Biden. Segundo a Associated Press, que faz contagem própria dos votos, os democratas perderão o controle da Câmara dos Deputados, porém com uma diferença de apenas alguns votos para os rivais republicanos, que previam uma ampla maioria.
Já no Senado, a sigla de Joe Biden conseguiu manter o controle da Casa, o que deu ao líder norte-americano uma injeção de ânimo. Na chegada ao encontro com Xi, Biden disse que “eu sei que estou voltando mais forte” para a segunda metade de seu mandato, que vai até 2024.