Representante do governo norte-americano viajou a Brasília para acertar encontro de Lula com Joe Biden, entre outros pontos. Sullivan também deve conversar com secretário de Assuntos Estratégicos no Palácio do Planalto.
G1 – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir nesta segunda-feira (5), em Brasília, com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan.
Integrante da equipe do presidente dos EUA, Joe Biden, Sullivan veio a Brasília para agendas separadas com Lula e com o atual secretário de Assuntos Estratégicos do governo brasileiro, Flávio Rocha. Almirante da Marinha, Rocha é um dos auxiliares de confiança do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em nota, o governo americano informou que Sullivan discutirá a relação entre EUA e Brasil e formas de trabalho conjunto em áreas como combate à mudança climática, segurança alimentar, inclusão, migrações e democracia.
A nota também relatou que a visita segue os movimentos iniciados na ligação que Biden fez a Lula após a vitória do petista na eleição, na qual o líder americano se comprometeu a manter canais de comunicação abertos durante a transição de governo.
Sullivan veio ao Brasil em agosto de 2021, quando se encontrou com Bolsonaro e membros de seu governo, como o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e o vice Hamilton Mourão. Na ocasião, as autoridades debateram o apoio à democracia e temas relacionados ao meio ambiente.
Agora, as equipes de Lula e Biden apostam em uma relação mais próxima do que a mantida atualmente com a Casa Branca por Bolsonaro, apoiador do ex-presidente Donald Trump. Há expectativa de atuação conjunta, em especial, na agenda de preservação da Amazônia e combate às mudanças climáticas.
Lula e sua equipe também discutem com os americanos uma data ainda neste mês para um encontro com Biden nos EUA.
Lula declarou que pretende viajar após a diplomação como presidente da República pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcada para o próximo dia 12. Caso confirme a visita aos EUA, o petista adiantou que pretende conversar com Biden sobre democracia, guerra na Ucrânia e a relação entre Brasil e EUA.