Excluindo 2020, primeiro ano da Covid, crescimento foi o mais baixo desde 1976
Folha de São Paulo – A economia da China desacelerou no quarto trimestre de 2022, crescendo 2,9% na comparação anual, número menor que os 3,9% de expansão registrados no período de julho a setembro, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas nesta segunda-feira (16). O resultado do PIB (Produto Interno Bruto) chinês superou expectativas, mas ainda mostra as consequências da rigorosa política de “Covid zero” adotada pelo país.
A previsão de analistas consultados pela Reuters era de expansão anual de 1,8%. O crescimento acumulado de 2022 foi de 3%, abaixo da meta de cerca de 5,5%. Excluindo a expansão de 2,2% após o primeiro golpe da Covid em 2020, este é o pior resultado desde 1976.
Na comparação trimestral, o PIB ficou estável no período entre outubro e dezembro, ante expectativa de queda de 0,8% e ganho de 3,9% no trimestre anterior.
A economia da China teve dificuldades ao longo de 2022, com grandes centros industriais, incluindo Xangai e a área do delta do rio Yangtze, bem como Guangzhou, fechados ou sob restrições por longos períodos como parte da estratégia “Covid zero” do governo.
Essa rigorosa política foi suspensa abruptamente no mês passado, e os economistas esperam que o crescimento se recupere neste ano, embora o aumento das infecções por Covid possa segurar a retomada no curto prazo. Pequim prometeu mais apoio à economia à medida que a demanda externa vacila em meio aos riscos de recessão global.