Sede da Presidência da República foi um dos alvos de bolsonaristas radicais. Vidraças, câmeras e obras foram destruídas ou danificadas
Metrópoles – Pouco mais de uma semana após os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radiciais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, o Palácio do Planalto deu início, nesta terça-feira (17), à reforma no prédio da Presidência da República.
Ainda na manhã desta segunda, novas catracas foram colocadas na entrada do Planalto. Quebradas pelos vândalos, as catracas são utilizadas para controlar a entrada e a saída de pessoas do prédio da Presidência. Todos que entram no local, precisam se identificar na recepção e, somente após liberação, passam pelas catracas para ter acesso ao interior do palácio.
Novas câmeras de segurança também foram instaladas. Durante os atos terroristas do último dia 8, os bolsonaristas radicais arrancaram e quebraram parte do sistema que faz a vigilância do Palácio do Planalto. Imagens do interior do prédio mostraram a ação de vândalos.
À tarde, novas vidraças começaram a chegar para substituir as que foram quebradas pelos vândalos. Funcionários da Delta Vidros e da Central Vidrosd, empresas de vidraçaria do Distrito Federal, foram vistos carregando os materiais e medindo as janelas da sede da Presidência da República. Algumas áreas do prédio foram isoladas para realizar a troca.
Lula tem despachado do Planalto
Além dos vidros, catracas e câmeras de segurança, o Palácio do Planalto ainda teve obras destruídas por bolsonaristas. Segundo levantamento preliminar da Presidência, obras importantes, como o Relógio, de Balthazar Martinot, de valor inestimável; As Mulatas, de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 milhões; e O Flautista, de Bruno Giorgi, de R$ 250 mil, foram alvos dos atos antidemocráticos.
De acordo com o Planalto, os bolsonaristas destruíram obras que estavam no térreo, no primeiro e no segundo andar do prédio. O órgão ainda não divulgou a estimativa do valor necessário para reparar o prejuízo.
Apesar dos estragos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem despachado normalmente da sede da Presidência desde o dia 9 de janeiro, menos de 24 horas após os ataques.
A ideia do governo foi passar a mensagem de que as instituições atacadas continuam funcionando. No mesmo dia, chefes dos Três Poderes divulgaram uma nota conjunta em que disseram “rejeitar” os atos terroristas. Eles ainda pediram à população a “defesa da paz e da democracia”.
Apesar de terem tido acesso aos quatro andares do Planalto, os bolsonaristas radicais não conseguiram invadir o gabinete presidencial, que é protegido com blindagem.