Deputada disse nesta quarta-feira que abriu mão da liderança da oposição e que criará frente parlamentar conservadora
Poder360 – A deputada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que criará a “frente parlamentar conservadora pela liberdade” em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados. A deputada conversou com jornalistas durante a posse no Congresso Nacional nesta quarta-feira (1º).
Zambelli, que é aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que abriu mão da liderança da oposição na Câmara para montar um “ministério paralelo” com o objetivo de acompanhar de perto as ações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ela, a iniciativa contará com especialistas para avaliar e indicar erros da gestão petista.
“Os 60% [dos eleitores] que não ‘votou’ no Lula se sente órfão e não se sente representado por esse governo. Então, eles não querem ver simplesmente um ataque, eles querem ver um apontamento dos erros e a solução”, disse.
“Eu acho que nós, da oposição, e a imprensa seremos muito importantes para que os erros que aconteceram nos 15 anos de governo do PT não voltem a ocorrer.“.
Segundo a congressista, é necessária a construção de uma oposição “sábia” que indique soluções e faça comparativos dos indicadores entre o atual governo e a gestão de Bolsonaro. Zambelli afirmou que essa será a grande cartada dos políticos conservadores para conseguir votos nas eleições municipais de 2024 e o próximo pleito federal, em 2026.
Denúncia no STF
Na última semana, a Procuradoria Geral da República (PGR) enviou uma denúncia contra a deputada ao Supremo Tribunal Federal (STF) por porte ilegal de arma de fogo. A manifestação foi protocolada pela Petição 10.674, que está sob sigilo na Suprema Corte.
O processo está relacionado ao episódio em que Zambelli sacou e apontou uma arma para pessoas nas ruas de São Paulo (SP), em 29 de outubro de 2022, véspera do segundo turno da eleição presidencial. A deputada perseguiu um homem com a arma em mãos.
Caso a denúncia seja aceita, Zambelli será ré e terá que responder a uma ação penal. Em nota, a assessoria da deputada informou que sua defesa será apresentada no prazo legal com o decorrer do processo.
A PGR já havia requisitado à Suprema Corte a suspensão do porte da deputada em 20 de dezembro de 2022. O ministro Gilmar Mendes atendeu ao pedido no mesmo dia.
Além disso, em 3 de janeiro, a Polícia Federal (PF) realizou busca e apreensão em 2 endereços residenciais da deputada, um em Brasília (DF) e outro em São Paulo (SP). Três pistolas foram apreendidas na operação, de acordo com a assessoria da deputada. A decisão anterior de Gilmar Mendes estabelecia o prazo de 48 horas para a entrega voluntária de armas e munições em posse da deputada.