Com blocos partidários definidos e passada a eleição da mesa diretora, líderes trabalham para finalizar acordos sobre os nomes que presidirão comissões
CNN – Com os blocos partidários definidos e passada a eleição da presidência e da mesa diretora, o Senado Federal se voltará, nesta semana, para definir as presidências das comissões.
No Senado, líderes pretendem escolher os nomes que vão presidir as 14 comissões permanentes da Casa. Nos bastidores e desde antes da eleição, o presidente reeleito da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem conversado com líderes.
Após confirmação da vitória de Pacheco, há um certo consenso nos bastidores que a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal do Senado, deverá ficar, novamente, com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um dos principais articuladores da reeleição do senador por Minas Gerais.
Cabe ao União Brasil a primeira indicação do nome para presidir da CCJ.
O PT, partido de Lula, deverá ter duas comissões e tem na mira a de Relações Exteriores (CRE), de Assuntos Sociais (CAS) e de Direitos Humanos (CDH). O MDB também pleiteia a CRE.
O Partido dos Trabalhadores chegou a brigar, nos bastidores, pela primeira-vice-presidência do Senado. No acordo, a legenda cedeu para o MDB e, agora, cobra apoio dos emedebistas para garantir a presidente da Comissão de Relações Exteriores.
O líder do MDB, senador Eduardo Braga, afirmou que o Conselho de Ética deve ser instalado. A Rede Sustentabilidade protocolou uma representação no colegiado por quebra de decoro parlamentar contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), após a polêmica em que ele afirmou que o ex-deputado Daniel Silveira teria tentado o coagir para ajudar em um plano para alterar o resultado das eleições de outubro de 2022.
Tradicionalmente, a escolha dos nomes das comissões segue a regra da proporcionalidade dos partidos.
Atualmente, o maior bloco é o chamado Democracia, que reúne MDB, União Brasil, Podemos, PDT, PSDB e Rede, com 31 senadores. Em seguida está o Resistência Democrática (PSD, PT e PSB), com 28 parlamentares.
O bloco que reúne senadores do Progressistas e Republicanos tem dez membros. O PL, partido de Rogério Marinho que concorreu à presidência da Casa, não se uniu a nenhum bloco e reúne 12 senadores.