Tremor completou uma semana, e, embora trabalhos de busca estejam mais lentos, sobreviventes ainda são encontrados.
De acordo com dados atualizados nesta segunda (13), o número de mortos pelo grave terremoto que atingiu a Turquia e a Síria no último dia 6 já chega a 35.225. Foram 31.643 mortes no sul da Turquia, informou a Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD). As autoridades sírias registraram 3.581 mortos na Síria.
A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que a tendência a partir de agora é que as buscas por sobreviventes esteja chegando ao fim e o foco deve ser garantir abrigo e condições básicas aos sobreviventes.
Ainda assim, nesta madrugada uma menina de quatro anos e uma mulher foram resgatadas com vida após uma semana debaixo dos escombros.
Fase mais lenta de resgate
Os esforços de resgate entraram em uma fase mais lenta, e as populações dos dois países têm discutido quem são os culpados pela falta de trabalhadores especializados nesse tipo de tarefa.
A Justiça da Turquia afirmou que está iniciando processos judiciais contra 130 pessoas que, supostamente, participaram de incorporações de imóveis que foram construídos com má qualidade e de forma ilegal, sem observar as regras de engenharia que os tornariam mais resistentes a tremores de terra.
A Turquia tem códigos de construção que atendem aos padrões atuais de engenharia sísmica, mas esses raramente são aplicados. Essa é uma das razões por que milhares de prédios caíram de lado ou desabaram sobre os residentes.
O ministro da Justiça do país, Bekir Bozdag, disse que três pessoas já foram presas enquanto aguardam julgamento, sete foram detidas e outras sete foram impedidas de deixar o país.
Bozdag prometeu punir qualquer um dos responsáveis, e os promotores começaram a coletar amostras de edifícios para testar os materiais usados nas construções. Os terremotos foram fortes, mas vítimas, especialistas e pessoas em toda a Turquia estão culpando a má construção por multiplicar a devastação.