Objetivo da medida, segundo ministro da Justiça, é ‘ampliar a colaboração federal’ nas investigações. Passados quase 5 anos do crime, mandantes e motivações não foram identificados.
Com o objetivo de ampliar a colaboração federal nas investigações, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a abertura de um inquérito da Polícia Federal sobre a organização criminosa que assassinou a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, em 2018.
Após cinco anos do crime, os mandantes e a motivação dos assassinatos ainda não foram esclarecidos.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os assassinos de Marielle e de Anderson. Os dois estão presos.
“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de Marielle e Anderson, determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes”, escreveu Dino em uma rede social nesta quarta-feira (22).
O inquérito, porém, não significa uma federalização do caso, mas um apoio da PF às investigações atuais que ocorrem no Rio de Janeiro.
Segundo portaria divulgada pelo ministro da Justiça, o delegado Guilhermo Catramby vai conduzir o inquérito na Polícia Federal.
Na semana passada, Flávio Dino já havia anunciado que a PF apoiaria as investigações sobre as mortes de Marielle e Anderson.
Segundo o ministro, foi costurado um acordo entre Polícia Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro para que haja cooperação entre os órgãos na investigação.
Quando assumiu o cargo de ministro da Justiça, Flávio Dino afirmou que era “questão de honra” desvendar o caso.