Ministro da Fazenda criou novo tributo de exportação de petróleo em meio ao anúncio de reoneração dos combustíveis.
Conexão Política | O governo federal anunciou na terça-feira (28) o retorno da volta de impostos da gasolina e do etanol. A medida foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e vem sendo alvo de críticas por boa parte da sociedade.
Na avaliação do economista Luís Arthur Nogueira, trata-se de “um grande erro” cometido pela equipe econômica da gestão lulopetista, ao copiar um modelo econômico fracassado que já foi testado na Argentina pela administração de Alberto Fernández e Cristina Kirchner.
Para solucionar o problema da perda de arrecadação, já que a reoneração foi parcial, a ideia encontrada por Haddad foi criar um novo imposto sobre exportação de petróleo cru, com uma alíquota a 9,2%, que deve gerar uma arrecadação de R$ 6,7 bilhões em quatro meses.
Apesar disso, na visão do especialista, a medida do Executivo federal revela-se “um grande erro”, uma vez que “nenhum país sério taxa as exportações”. A fala dele foi proferida em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.
“O Brasil, na verdade, copiou o modelo fracassado da Argentina, que toda vez que precisa de dinheiro taxa exportações”, avaliou Luís Arthur Nogueira, acrescentando que a medida “mata a balança comercial” e afeta a competitividade brasileira no cenário exterior.
“Hoje, o governo decidiu taxar o petróleo. Quem garante que amanhã não vai taxar também exportação de soja, milho ou minério de ferro?”, questionou o economista, alertando para o perigoso precedente que foi aberto com a criação desse novo tributo federal.