Eleito com o discurso de expurgar antigas práticas políticas no país, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu acabar com a “velha política”, buscando um governo baseado em alguns pilares ideológicos. Não deu certo. Ao longo do seu mandato, abraçou de vez o Centrão, que fora muito criticado por ele e seus pares na campanha e no início do governo.
Durante a campanha eleitoral do ano passado, o então candidato Lula (PT) criticou Bolsonaro por fazer a “velha política” após pender para o lado do Centrão e não conseguir mais, de fato, governar, se tornando refém de partidos como PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira. O problema é que Lula, neste início de terceiro mandato, também se vê de mãos atadas e precisando do Centrão para construir uma base aliada.
Esse é o presidencialismo de coalizão, que faz com que os governantes precisem se aliar à partidos e parlamentares que não tenham, necessariamente, a mesma visão política para poder governar. Mas os casos de corrupção e tudo que rodeia a vida política brasileira é culpa do presidencialismo de coalizão? O jornalista Albert Steinberger, da DW Brasil, explica mais sobre o assunto no vídeo abaixo: