Presidente criticou privatização da empresa e de como a Petrobras vinha sendo conduzida nos governos anteriores
O presidente Lula (PT) criticou, nesta terça (21), a privatização da Eletrobrás feita pela gestão Bolsonaro (PL) nos últimos anos. De acordo com ele, foi um crime de lesa-pátria.
“O que foi feito na Eletrobrás foi um crime de lesa-pátria. Você privatizou uma empresa daquele porte, me parece que venderam por R$ 36 bilhões, e esse dinheiro é utilizado para pagar juros da dívida pública. Não parece que existem sinais que vai baixar o preço da energia para o povo brasileiro”, destacou o presidente.
Lula criticou também o modelo da privatização da estatal de energia elétrica, ao contar que embora governo tenha 40% das ações, governo só pode participar na votação com 10%. “Se o governo quiser comprar ações tem que pagar o triplo do preço que paga uma outra empresa comum. Foi feito para proibir a gente comprar de volta”, afirmou.
Ele também afirmou que irá lutar, nas esferas jurídicas e políticas, para que o Estado retome o controle da Eletrobrás durante seu governo.
“Não vai ficar por isso. Estamos entrando na justiça contra a votação do peso do governo na direção da empresa e o preço pelo qual foi vendida”, afirmou.
Na entrevista, Lula também falou sobre a venda de ativos da Petrobrás, que vem sendo criticada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). “A gente já avisou ao presidente Jean Paul que é preciso suspender toda venda de ativos, não tem condições de continuar vendendo”, afirmou Lula.
“Obviamente as pessoas já tinham feito contrato com alguma coisa, tudo isso tem uma briga jurídica que queremos ver se resolvemos na política e não na questão jurídica. A Petrobrás não foi feita para exportar óleo cru, não é apenas uma empresa de petróleo, é uma empresa de energia”, acrescentou.