Ministro da Educação critica modo como a pasta vinha sendo tratada pela gestão passada
Nesta segunda (3), o ministro da Educação, Camilo Santana, em entrevista para a TV Globo, criticou como o Ministério vinha sendo conduzido na última gestão. Segundo ele, o MEC estava desmontado.
“Nós pegamos um Ministério desmontado. Estamos reconstruindo o Ministério. Nós autorizamos uma das grandes políticas desse país que é o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que ajudou a tirar o Brasil do Mapa da Fome. Nós ampliamos esse programa. Há seis anos esse programa não tinha reajuste. A realidade é tão cruel que em alguns lugares a única refeição que uma criança faz é quando vai para a escola. Colocamos R$ 1,5 bilhão nesse programa”, afirmou.
Outro ponto abordado por Camilo foi a parte da infraestrutura de ensino no país. Segundo ele, o Brasil tem mais de 4 mil obras de escolas e creches inacabadas ou paralisadas. O MEC está colocando essas obras em dia e uma MP será lançada pelo presidente Lula (PT) para reajustar os valores destes empreendimentos.
“Pegamos mais de 4 mil obras inacabadas e paralisadas. Não adianta construir novas escolas sem concluir as outras. Temos mais de 3,6 mil obras em andamento, todas com pagamentos atrasados. Estamos colocando em dia. Depois tem mais de 4 mil obras paradas. O presidente vai lançar uma Medida Provisória permitindo reajustar esses valores, porque é impossível um prefeito que tá com a obra parada há cinco anos, concluir a obra com o mesmo valor da época”, disse Camilo.
Para Camilo, uma medida que poderá ser tomada é a de abertura de linhas de créditos para que as escolas possam dar mais estrutura para receber melhor os alunos, garantindo internet e equipamentos para fins pedagógicos, disse.
“Minha ideia é lançar uma linha de crédito para garantir que as escolas tenham condições para os alunos. Ter internet para fins pedagógicos, ter equipamento. Precisamos ouvir os professores, os alunos e construir as mudanças para garantir a qualidade do ensino para os jovens brasileiros”, completou.
