CNN — O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, ordenou que as autoridades se preparem para lançar o primeiro satélite de reconhecimento militar do país, informou a mídia estatal norte-coreana KCNA nesta quarta-feira (19).
Durante sua visita à Administração Nacional de Desenvolvimento Aeroespacial – agência espacial norte-coreana – nesta terça-feira (18), Kim Jong Un disse que a produção de satélites de reconhecimento militar do país foi concluída e ordenou o lançamento de “vários satélites de reconhecimento”, informou a KCNA.
Ele fez a visita ao lado de sua filha Kim Ju Ae. Ela participou de vários eventos ao lado de seu pai até agora neste ano.
Em dezembro passado, a Coreia do Norte afirmou ter realizado um “importante teste de estágio final” para o desenvolvimento de um satélite espião.
A agência de desenvolvimento espacial do país anunciou que terminaria os preparativos para o primeiro satélite de reconhecimento militar até abril de 2023.
Apesar das alegações da Coreia do Norte, imagens recentes de satélite do centro de lançamento espacial do país não mostram sinais de um lançamento iminente, disse Dave Schmerler, pesquisador associado sênior do James Martin Center for Nonproliferation Studies nos Estados Unidos.
“Mas a Coreia do Norte poderia lançar isso por meio de um veículo móvel rodoviário. Então, todos estavam apenas esperando para ver o que eles fariam”, disse Schmerler.
Os recentes lançamentos de mísseis da Coreia do Norte, incluindo o teste de um míssil balístico intercontinental na semana passada, vieram de lançadores móveis.
Na terça-feira, Kim enfatizou o papel dos satélites militares para proteger a segurança nacional e a estabilidade territorial em meio à escalada de ameaças e desafios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.
Kim também falou sobre o papel dos satélites e seu valor estratégico ao implantar força militar preventivamente de acordo com a situação, disse a KCNA.
O líder norte-coreano disse que a aquisição de satélites de reconhecimento militar era “indispensável”, chamando-os de “direito à soberania nacional e autodefesa”. Ele citou as tensões na península coreana e a necessidade de gerenciar “ameaças em potencial”, informou a KCNA.