O Antagonista | Em resposta à CPMI dos Atos de 8 de janeiro, a Polícia Federal informou que não foi solicitado nenhum servidor para acompanhar a mobilização de centenas de militantes em frente ao Quartel General da Polícia Federal na véspera dos ataques às sedes dos três poderes.
Como mostramos ainda em janeiro, o ministro da Justiça, Flávio Dino (foto), estava ciente do risco de ações hostis e danos às sedes dos Três Poderes por parte dos radicais bolsonaristas que tomaram a Esplanada dos Ministérios.
Em ofício enviado na véspera ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o ministro disse que havia sido informado pela Polícia Federal da “intensa movimentação de pessoas que, inconformadas com o resultado das Eleições 2022″, organizavam “caravanas de ônibus se deslocarem até Brasília/DF”.
Mesmo assim, segundo esse novo documento encaminhado ao colegiado por solicitação do deputado Marco Feliciano (PL-SP), a PF não enviou agentes para monitorar a situação na véspera dos atos no dia 7 de janeiro. Os policiais foram enviados apenas no dia seguinte, em virtude dos ataques.
Conforme a resposta encaminhada à CPMI de 8 de janeiro, a Polícia Federal enviou para a Esplanada 46 policiais do Comando de Operações Táticas; 6 da Coordenação de Aviação Operacional, 12 que estavam no edifício sede e outros 122 peritos e papiloscopistas. Todos foram acionados apenas após os ataques.