O Antagonista | Mauro Cid não deve ser convocado para prestar novos depoimentos à Polícia Federal (PF) nem deve depor a nenhum outro órgão, como a CPMI do 8 de janeiro.
O motivo é o acordo de delação premiada aprovado pela PF e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos últimos dias.
Cid se comprometeu a dar informações à PF sobre o caso das joias sauditas e os atos antidemocráticos que culminaram no 8 de janeiro, assim como o esquema de falsificação de carteira de vacinação para a Covid, motivo pelo qual o ex-ajudante de ordens foi preso em maio.
No último sábado (9), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, homologou o acordo de colaboração premiada de Cid.
Moraes concedeu liberdade provisória a Cid, porém com a imposição de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, restrição de saída aos fins de semana e período noturno, além do afastamento das funções no Exército. O ex-ajudante de ordens já deixou o Batalhão do Exército de Brasília.
Durante os interrogatórios, Cid respondeu a perguntas sobre documentos, perícias em celulares e planilhas de dados encontrados em computadores apreendidos. A PF, por enquanto, descarta a necessidade de novos depoimentos.
Ele será chamado apenas em caso de novas evidências de crimes envolvendo-o ou algum de seus próximos.