O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, passou as últimas horas imerso em discussões com aliados e conselheiros sobre a escalada da violência na capital carioca. As análises compartilhadas, que também são endossadas por ele, enfatizam os seguintes pontos:
1. A guerra desencadeada no território carioca é de longo prazo, indicando a necessidade de medidas enérgicas a serem mantidas a longo prazo.
2. O problema da violência no Rio envolve não apenas a ação da polícia e a política, mas uma infraestrutura criminosa que inclui a infiltração do crime em várias esferas da sociedade, como o Judiciário e até instituições religiosas.
3. A parceria com as forças federais, incluindo a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, tem dificultado as operações de tráfico de drogas no estado, levando a uma reação violenta do crime.
4. Qualquer recuo do poder público nesse momento fortaleceria o crime organizado.
Claudio Castro recebeu conselhos para adotar um discurso de linha dura, reforçando a necessidade de uma parceria abrangente com as forças federais, por meio do Ministério da Justiça. O governador planeja passar a se referir ao crime organizado no Rio como “máfia” para destacar que o problema vai além do que já foi amplamente divulgado na mídia.
“Embora a polícia e a política sejam frequentemente analisadas, elas são apenas a ponta do iceberg. O que temos aqui é uma estrutura de máfia, com tentáculos em várias áreas, incluindo o Judiciário e instituições religiosas. É uma infiltração generalizada”, afirmou um conselheiro do governador.
O recuo neste momento, de acordo com as avaliações, comprometeria a capacidade do Estado de efetuar uma redução efetiva da violência na capital e poderia encorajar outras organizações criminosas em todo o país a se rebelarem. A abordagem de linha dura visa enfrentar esse desafio com determinação.