O Antagonista | Gleisi Hoffmann, que comanda atualmente o PT, tem dito a aliados que pretende lançar a sua candidatura à Presidência da Câmara caso não haja um consenso em relação a um nome da base governista para suceder a Arthur Lira (PP-AL).
Nas últimas eleições para o cargo, o PT evitou candidatura própria justamente para não se indispor com o atual presidente da Câmara. Hoje, o grupo de Lira pretende apoiar o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA).
Além de Elmar e Gleisi, também são pré-candidatos o vice-presidente da Casa, Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Antônio Brito (PSD-BA).
O raciocínio do grupo ligado à presidente do PT é que hoje, com a ajuda de PDT, PcdoB e PSB, seria possível obter pelo menos 130 votos na disputa. Além disso, como o cenário que se desenha é de uma disputa fragmentada, os petistas acreditam que a parlamentar possa surfar junto aos deputados que andam descontentes com a gestão Arthur Lira.
Ao longo de 2023, Lira vem sido criticado nos bastidores por alguns aliados, como, por exemplo, integrantes da bancada do agro, que resolveram negociar diretamente com o Palácio do Planalto, sem depender do aval do presidente da Câmara.
Elmar, apesar de ter o apoio de Lira, não é bem-visto por boa parte do Centrão. Brito busca, com apoio de Gilberto Kassab, apoio do MDB de Baleia Rossi. Já Marcos Pereira também vem buscando aproximação junto ao Palácio do Planalto para se firmar como nome forte a susceder Lira.