Uma recente queda na taxa de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), para 54% acendeu um sinal de alerta no Palácio do Planalto, de acordo com análise do colunista Josias de Souza durante o programa UOL News da manhã desta quarta-feira (25).
O principal fator apontado para esse declínio na popularidade do presidente é a redução do otimismo em relação à economia. Josias de Souza observou que cerca de metade dos entrevistados afirmaram acreditar em melhorias econômicas no próximo ano, o que representa uma diminuição no entusiasmo da população.
“Ainda é muito alta a aprovação [do presidente Lula], estamos falando de mais da metade do país aprovando o governo. No entanto, a queda não pode ser negligenciada. Estávamos em um patamar de 60% de aprovação, que caiu para 54%, enquanto a desaprovação subiu de 35% para 43%,” explicou Josias. “Tudo isso se deve ao cenário econômico, com uma notável inflexão na taxa de inflação, especialmente no que diz respeito aos preços dos alimentos.”
O colunista também analisou o cenário relacionado aos preços dos combustíveis. “Imaginava-se que quando Lula assumisse a Presidência, os preços dos combustíveis subiriam, visto que o ex-presidente Jair Bolsonaro se orgulhava de ter reduzido artificialmente os preços dos combustíveis, fazendo isso à custa da diminuição da parcela do ICMS destinada aos estados, causando prejuízo a eles. No entanto, Lula, ao restituir o ICMS, não aumentou o preço dos combustíveis.”
Josias enfatizou que esse episódio deve servir de alerta para o presidente Lula, que deve focar em questões da política interna e buscar formas de equilibrar as demandas da economia com as expectativas da população.
A queda na aprovação do governo é um sinal de que a gestão do presidente Lula enfrentará desafios significativos nos próximos meses, à medida que busca encontrar soluções para as preocupações econômicas da população e manter um equilíbrio entre a estabilidade financeira e a satisfação da sociedade brasileira.